Dia dos namorados
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Uma das datas que levam as pessoas a gastar mais dinheiro: Dia dos namorados.
Diante de uma sociedade extremamente capitalista, o Dia dos namorados tornou-se um dos ícones do consumismo. Assim como tantas outras datas comemorativas, o Dia dos namorados incentiva e quase que obriga as pessoas a comprarem coisas, muitas vezes somente por convenção.
Em Portugal, o Dia dos namorados era, antigamente, comemorado como o Dia de São Valentim (Valentine’s Day). Celebrado no dia 14 de fevereiro, homenageava o santo que dava seu nome. Porém a data teve o nome modificado em 1969, pois a Igreja Católica decidiu não celebrar aos santos cujas origens não fossem claras. São Valentim foi um bispo francês, do final da Idade Média. Numa atitude de ousadia, o bispo contrariou as ordens do imperador Cláudio II. Este havia proibido o casamento de jovens soldados, a fim de que eles fossem à guerra. Em apoio à situação, o Bispo Valentim veio a se casar também.
No entanto, as raízes desse dia vêm de muito antes da Idade Média. Diz-se que o Dia dos namorados já era comemorado há mais de dois mil anos atrás. A origem é romana. Festejava-se o dia em homenagem à deusa Juno, mulher de Júpter e, portanto, rainha dos deuses. Sua figura representativa é o pavão, sua ave favorita. O mês de junho tem seu nome em homenagem à deusa. Sua equivalência na mitologia grega é Hera, deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus. Curiosamente, Hera pode ostentar em sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte.
No Brasil, o Dia dos namorados foi, provavelmente, divulgado no comércio de São Paulo por João Dória, que trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. Algumas pesquisas dizem até que a data é comemorada no dia doze de junho porque é um dia antes do dia de Santo Antônio, “santo casamenteiro”.
Não importa a data em que é comemorado. O Dia dos Namorados é uma comemoração que leva as pessoas, muitas vezes, a criarem rugas ou arrancarem os cabelos de preocupação e/ou ansiedade. Durante a comemoração dessa e outras datas aqui no Brasil, grande parte da parcela da população que a comemora, apresenta caráter insalubre. As pessoas parecem um amontoado de formigas, correndo de lado para o outro nas lojas. Nessas datas as pessoas já se conformaram que não há como achar uma vaga para seus carros no shopping e nas ruas. Isso porque sempre há alguém que, ou por falta de tempo, ou por desleixo, deixa para fazer suas comprar no último instante. Não preciso dizer que isso faz parte da cultura do brasileiro. Nós, em geral, não temos o costume de planejar e realizar nossas ações, ou honrar nossos compromissos, fazendo as coisas antecipadamente.
De todo modo, não há problema, pois é mais uma comemoração que aliena as pessoas. Não considero o dia dos namorados algo bonito, mas isso é a minha opinião. Obviamente, eu posso estar errada, ou não. Nunca saberemos, pois isso é relativo. No entanto, quando observo outras datas, como o Natal e a Páscoa, por exemplo, fico muito triste, e até indignada. As pessoas se preocupam tanto em ganhar coisas, que se esquecem do sentido cristão da comemoração. Para que não é cristão, tudo bem se preocupar somente com os ovos de Páscoa e os presentes de Natal, mas para quem é cristão, preocupar-se com isso é uma vergonha. Jesus é o centro desses dois feriados, e não concordo com essa forma de comemorar, pois todas essas datas tornaram-se, com o tempo, apenas desculpas para não ir ao trabalho e para ganhar presentes. Onde está o sentido disso? Fico pensando, e chego à conclusão de que a tendência é mesmo piorar.
Milena Souza
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